Arquivo da categoria: Projeto

Bienal Publica! Música e Quadrinhos

A edição de 2020, Música e Quadrinhos, do projeto Bienal Publica!, uma das diversas ações de inclusão e de visibilidade artística da Bienal de Quadrinhos de Curitiba, escolheu obras que representam a diversidade e a criatividade de artistas de todo o Brasil. Sob a curadoria de Fabio Zimbres, foram escolhidas 25 obras como HQs, roteiros, animações, ilustrações e outras formas de expressão que dialogam, de alguma forma, com o tema música e quadrinhos. A seleção foi publicada no livro impresso e também no site do projeto.

Tive dois trabalhos selecionados para a versão impressa desta edição: The Rockstar, de 2013 e Quarentena Junina, de 2020.

Todas as obras selecionadas estão expostas no site do projeto: www.bienaldequadrinhos.com.br/bienalpublica/

Caleidoscópio de Vidas

Ano passado (2019), fui convidado pela Editora FTD, para ilustrar o livro Caleidoscópio de Vidas, do incrível João Anzanello Carrascoza. De cara me encantei pela história, que está dividida em 3 partes,  que se conectam em tempos e gerações diferentes, unidas na paisagem do Rio de Janeiro.

Com projeto gráfico de Julia Masagão e editoria de arte de Daniel Justi, o livro se apresenta em um formato diferenciado, onde cada história pode ser acessada de forma independente. Criei duas colagens, uma para a capa e outra para a parte interna. Cada parte da ilustração corresponde a uma das 3 histórias. Assim as histórias ficam fixadas em partes das ilustrações.

O livro entrou para o Catálogo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), com uma seleção de autores e ilustradores brasileiros para a Feira do Livro Infantil de Bolonha 2020.


Caleidoscópio de Vidas também foi um dos premiados com o Selo Cátedra 10 / 2019, prêmio criado na PUC-Rio, pela Cátedra Unesco de Leitura, para destacar anualmente a produção mais relevante de Literatura Infantil e Juvenil no Brasil.

Atualização: Em Setembro de 2020, o livro Caleidoscópio de Vidas, escrito por João Anzanello Carrascoza e ilustrado por Adriano Catenzaro, foi contemplado com o “Prêmio FNLIJ Orígenes Lessa – O Melhor Livro para Jovem Hors-Conconurs”, na 46ª edição da Seleção Anual da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

 

No verso do livro, há um QR Code para acessar um link e ver as ilustrações em uma versão animada. Clique aqui para ver a animação.

CALEIDOSCÓPIO DE VIDAS
João Anzanello Carrascoza
Ilustrações de Adriano Catenzaro
Link para comprar o livro: FTD Educação

 

 

CatenZine #01

Eu sempre gostei de publicações independentes. Talvez minha experiência trabalhando no mercado editorial, tenha contribuído para isso. Sempre admirei os zines, aquelas publicações artesanais, não profissionais, que possuem diversas finalidades. O termo vem de fanzine, aglutinação de fan magazine – uma revistinha de fãs, inicialmente popularizada como forma  de divulgar trabalhos artísticos, visuais, literários e musicais.

Em 2017, quando participei do Pixel Show, em São Paulo, tive acesso a diversos artistas e seus zines. Alí me despertou o interesse em produzir o meu próprio. Visitei outras feiras de impressos e no ano passado, durante a Bienal de Quadrinhos de Curitiba, saí de lá com a certeza de que produziria meu primeiro zine. O nome surgiu na hora. Com a junção de Catenzaro + Zine, nascia o CatenZine.

Me propus a fazer algo 100% manual, sem qualquer tipo de impressão profissional. Também optei por utilizar somente os materiais que eu dispunha no estúdio naquele momento.

Com isso montei a estrutura básica do zine e levantei todos os materiais que estavam no escritório. Papéis, tintas, plástico, fita adesiva e até um pedaço de tecido foram utilizados para criar 24 exemplares desta primeira edição.

Todo o processo foi feito artesanalmente. Cada colagem e conteúdo das páginas foram divididos em partes e cada parte reproduzida 24 vezes, manualmente. Todo o texto foi escrito a mão em cada um dos exemplares. Foram utilizados papelão, papel Color Plus, papel cartão duplex, papel CardStock texturizado, papel CardStock bolinhas, papel Mi-Teintes, papel reciclado Casca de Cebola, papel Manilha, papel Sulfite, papelão ondulado,  papel Marrakech, Papel FCard Scuro, Papel Microcotelê, papel telado, papel Color Lumi, papel Fabriano Elle Erre, embalagens de papel, fita adesiva colorida, plástico transparente, grampo metálico, barbante de algodão, Jeans, marcador de papel, marcador de plástico, aquarela líquida, lápis de cor, tinta naquim, alumínio, e etiqueta adesiva.

O incêndio no Museu Nacional, a poluição de plástico nos oceanos, eleições presidenciais, homofobia, o assassinato de Marielle Franco e sentimentos de incerteza e esperança, são alguns dos temas presentes nas 32 páginas da publicação, que foi lançada em outubro de 2018.

Os exemplares são todos numerados e estão à venda na Loja Catenzaro Galeria. Alguns CatenZines também estão disponíveis nos acervos da Gibiteca de Curitiba e da Fanzinoteca IFF Macaé. Confira algumas imagens da publicação:

Serviço:
CatenZine 01
Lançamento: outubro/2018
Número de páginas: 32
Dimensões: 21 X 12 (aberto) e 10,5 X 12 (fechado)
Capa: dura
Encardenação: barbante
Tiragem: 24 exemplares
Onde comprar: https://www.lojacatenzaro.com.br

Siga o @catenzine no Instagram

 

Revista Comunicação Empresarial

No final de 2017 fui convidado para ilustrar a capa da edição 101 da revista Comunicação Empresarial, como parte das comemorações dos 50 anos da ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.

O tema da edição foi o “Futuro da Comunicação” e como as chamadas “Fake News” estão influenciando todo o processo. Para ilustrar este conceito, segui uma linha mais minimalista, trabalhando a ideia de “comunicação” de forma mais lúdica,  como na internet.  Busquei referências na brincadeira de se comunicar com copos unidos por barbante e optei por representá-los desconectados, como se refletissem a evolução da forma de se comunicar: sem fios.

Joias da Arquitetura de São Paulo

Hoje é o aniversário de 464 anos da cidade de São Paulo, data perfeita para falar deste projeto incrível que fiz ano passado, retratando a arquitetura da cidade.

Em 2016, quando participei do projeto Trama Afetiva, conheci a designer de joias Patricia Centurion. Ao se deparar com o meu trabalho, Patricia apresentou-me um desafio que “casaria” perfeitamente com o processo de produção das minhas colagens. Ela precisava encontrar uma solução para os diversos materiais da papelaria corporativa da sua galeria de joias. Eram muitos cartões, envelopes e outros impressos que não poderiam ser utilizados, pois estavam com informações de endereço e contato desatualizadas.

Com o material em mãos, percebi a variedade de papéis que, por se tratar de ítens de uma galeria de joias, exploravam tons e texturas do dourado e muito brilho. Eles puderam ser reutilizados, como na série MateriaMista, transformando-se em diversos ícones arquitetônicos da cidade de São Paulo. Cuidei para que fosse utilizado 100% do material cedido, sendo a cola o único material externo acrescentado. As colagens foram feitas inteiramente com recortes dos papéis corporativos da galeria, desde a base de fundo até os ícones e seus detalhes.

Como resultado criei uma colagem de 51 X 74 cm, retratando 51 ícones da arquitetura de São Paulo.

Tomando como base alguns envelopes dourados, também criei 30 cartões com ícones isolados. A ideia foi trabalhar a mesma representação internamente e do lado externo, explorando também o corte de abertura do cartão. Na parte de fora usei os papéis com cores e brilhos e por dentro somente papéis brancos com texturas variadas. Também foi inserida a palavra “São Paulo” logo abaixo do ícone arquitetônico. Cada letra foi recortada a mão, dando uma estética única para cada cartão.

A produção destas colagens acabou gerando algumas sobras de materiais. Estas sobras também foram reutilizadas para criar uma terceira obra, que explora a estética das construções, seguindo o mesmo processo de criação da série Moradas.

Foi incrível trabalhar neste projeto. Conseguir transformar um material que seria descartado em uma homenagem à cidade de São Paulo, utilizando ao máximo o material e gerando o mínimo de resíduos, prova que na arte também nada se perde, tudo se transforma.

As construções retratadas nas colagens são: Obelisco do Ibirapuera, Instituto Itaú Cultural, Memorial da América Latina, Pavilhão Oca, Edifício Barão de Lorena, Palácio das Indústrias, Hotel Unique, Edifício Santa Catarina, Estação da Luz, Ponte Octávio Frias de Oliveira, Edifício Altino Arantes, Torre da Band, Sede FIESP, Edifício Vitra, Theatro Municipal de São Paulo, Museu Brasileiro da Escultura, Monumento às Bandeiras, Biblioteca Mário de Andrade, Museu do Ipiranga, Catedral da Sé, Edifício WT Morumbi, Instituto Tomie Ohtake, Edifício Tower Bridge Corporate, MAC-USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Monumento à Imigração Japonesa, MASP, Edifício Itália, SESC Pompéia, Torre São Paulo, Edifício Berrini One, Edifício Mirante do Vale, Edifício FL 3500, Sala São Paulo, Pátio Victor Malzoni, Auditório Ibirapuera, Torii da Liberdade, Palácio dos Bandeirantes, São Paulo Corporate Towers, Morumbi Corporate, Edifício Safra, Edifício Copan, Praça das Artes, Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Edifício Martinelli, Edifício Parque Avenida, Conjunto Nacional, Edifício MIX 422, Edifício Matarazzo, Shopping Light, Fundação Bienal de São Paulo, Viaduto do Chá, Top Tower e Estádio do Pacaembú.

As obras, que pertencem a Patricia Centurion, ficam expostas em sua galeria de joias, em São Paulo.

Coleção Use Inclusão

Eu e outros 5 artistas, fomos convidados pelo Fernando Kuwahara, diretor geral da Moko, para participar do projeto Use Inclusão, uma iniciativa da marca, em parceria com o Instituto Renault, com o objetivo de gerar recursos para a Universidade Livre para a Eficiência Humana (UNILEHU), criando assim, defensores da  inclusão da pessoa com deficiência.

Cada artista teve a missão de criar uma estampa, exaltando as diferenças e ressaltando a particularidade de cada deficiência. A ideia é que cada imagem nos provoque um novo olhar, para que possamos pensar em um mundo mais humano e que garanta os direitos de todos. Confira as estampas:

Down: “Amor para Down e Vender” é uma poesia em si só. A frase desenvolvida por mim, mostra que a Síndrome de Down não impede ninguém de ser feliz. A pessoa com a doença pode tranquilamente trabalhar, conversar, rir e amar. Onde não falta amor, a diferença só faz bem.

Autismo: Nessa estampa, o artista Diesko mostra que por trás do Transtorno do Espectro Autista – existe um mundo completamente novo e, muitas vezes, muito à frente do nosso. Acompanhado da frase “não precisa quebrar a cabeça”, o desenho descomplica a doença: o quebra cabeça, ícone do autismo, estampa a camiseta. Não precisa se preocupar. Não precisa diminuir o outro. É simples. Não precisa quebrar a cabeça.

Deficiência auditiva: Existem mil maneiras de se comunicar. Só “não precisa gritar”, como lembra o artista Sandra Köche nesta estampa da coleção.

Deficiência visual: Nesta estampa, a frase “amor é cego” está escrito em braile! Uma ideia genial do artista Nani Silveira que trabalha com inclusão já na própria camiseta. Incluir a pessoa cega é possível, através da acessibilidade, carinho e cuidado.

Cadeira de Rodas: Ser cadeirante é um desafio, mas não deveria. A única coisa que impede a mobilidade de um cadeirante é a falta de acessibilidade. Um degrau dificulta, e muito, a locomoção. “O mundo seria meu se não fosse o seu degrau” é a mensagem desta estampa, feita pelo artista Rickli Neto.

Não aceito seu preconceito: Não aceito seu preconceito. Não tenho obrigação de aceitar seu preconceito. Não quero, não devo e não vou. Pelo contrário. Eu vou lutar por um mundo diferente. Um mundo que inclua, que respeite, que caminhe junto. Esta estampa resume a luta pela inclusão da pessoa com deficiência, criada por Eduardo Milek.

INSTITUIÇÃO BENEFICIADA 

A Universidade Livre para a Eficiência Humana (UNILEHU) é a instituição beneficiada com a coleção Use Inclusão. A UNILEHU atua diretamente na garantia dos direitos e da inclusão da pessoa com deficiência em todo o processo profissional. A Instituição facilita formações, auxilia a inserção de pessoas em vulnerabilidade social no mercado de trabalho, promove a educação, renda, aprendizagem profissional e esporte.

Todo o lucro com as vendas das camisetas é revertido para a instituição.

Serviço:
COLEÇÃO USE INCLUSÃO
O que é: 6 camisetas diferentes, especialmente ilustradas por artistas
Onde comprar: Loja Virtual
Valor: R$89