No mês passado, ministrei a oficina MateriaMista de colagens no The Kettle, como um desdobramento da exposição de mesmo nome, que segue na casa até 22 de setembro.
Essa mostra reúne obras que utilizam materiais reciclados, como recortes de embalagens, barbantes e papéis, que foram a base da oficina. Partindo da análise da imagem de uma “chaleira”, contextualizada na literatura infantil pela escritora Yvette Pais, focamos na apresentação de materiais, técnicas e por fim no exercício de customizar a representação do objeto. O resultado foram releituras em diferentes linhas de expressão, através da colagem de recortes de materiais. Confira as imagens.
A tradicional casa de chás The Kettle recebeu, na última terça-feira, dia 17 de julho, a exposição MateriaMista, do artista visual Adriano Catenzaro. A iniciativa vem ao encontro com a oficina de colagens que o artista ministrará no mesmo local, dia 19 de julho, das 15 às 17h. A mostra segue até 22 de setembro.
Nesta série, o artista reuniu obras de 2011 a 2015, com foco na exploração da colagem de materiais reciclados, como recortes de embalagens, barbantes e outros. A visitação é gratuita e estará disponível aos visitantes de segunda a sábado, das 14h às 21h .
Durante a exposição, os visitantes poderão conferir mais de 20 obras do artista, como “Iris”, selecionada como símbolo das comemorações dos 50 anos da Rede Globo, “Material Manual” 2º colocado no concurso nacional Volvo Cars Brasil e Volcano, selecionada para o V Prêmio a la Ilustración Latinoamericana – Diseño en Palermo, em Buenos Aires / Argentina, em 2015.
As peças desta série resgatam materiais que aparentemente não chamariam a atenção quando separados, mas quando agrupados na visão e técnica do artista, recriam paisagens, personagens e temas que ganham vida quando finalizados.
OFICINA
Como um desdobramento da exposição, o artista irá ministrar uma oficina de colagens, onde apresentará a técnica empregada em suas colagens através de um exercício prático. com acesso a diversos materiais. Para participar da oficina é preciso fazer a inscrição no site da Editora MercadoLivros. O valor é R$60 com o material a ser utilizado já incluso. Aos participantes será entregue um certificado de participação.
COLAGEM
Catenzaro sempre teve uma preocupação em tentar reaproveitar materiais e objetos descartados. A colagem começou como uma tentativa de dar nova função e criar formas com estes materiais. As obras são colagens feitas manualmente, que misturam papéis, embalagens, impressos, plásticos, tecidos, além de materiais gráficos como tintas e pigmentos. As composições brincam com a combinação de diferentes cores e texturas de materiais, propositalmente recortados de forma improvisada.
SOBRE CATENZARO
O artista nasceu em 1979, em Curitiba, Paraná, onde vive e trabalha. Formado em design gráfico e de embalagens, produz obras que combinam técnicas de colagem com linguagens visuais, criando um improvisado mundo lúdico, no qual desenvolve intuitivamente uma variedade de ideias. (Re)aproveitamento de materiais, exploração de formas arquitetônicas, experimentações abstratas e representações figurativas, são algumas das características visuais presentes nas obras do artista.
Selecionado para a 2º Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas, 5º Salão de Outono da América Latina e 24º Salão Curitibano de Artes Visuais, Catenzaro já participou de várias mostras, exposições e ações, como a Bienal de Curitiba e o projeto Trama Afetiva. No Prêmio a la Ilustración Latinoamericana Diseño en Palermo (Buenos Aires – Argentina), recebeu Menção Honrosa em 2017 e o Primeiro Lugar em 2014.
Serviço:
Exposição e Oficina MateriaMista
Exposição de 17 de julho a 22 de setembro, de segunda a sábado, das 14h às 21h.
Entrada gratuita.
Oficina dia 19 de julho, das 15h às 17h. Inscrição aqui. (R$60)
No The Ketlle – Alameda Prudente de Morais, 836 – Mercês – Curitiba – Pr
Pelo segundo ano consecutivo, fui selecionado para o 2º Salão de Artes Visuais de Pinhais. 50 obras de artistas provenientes das cidades de Almirante Tamandaré, Campo Magro, Curitiba, Pinhais, Quatro Barras, São José dos Pinhais, Rio de Janeiro e Joinville, foram selecionadas e premiadas por um corpo de jurados formado pelos artistas Mazé Mendes, Elvo Benito Damo e Luciano Corbellini. Além dos prêmios de primeiro, segundo e terceiro lugar, foram distribuídas menções honrosas e o “Prêmio Destaque Eduardo Edah”, exclusivamente para artistas pinhaenses. As obras do Salão ficam expostas no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann, em Pinhais.
MONSTER
Minha participação neste Salão foi com a obra “Monster”. Ela faz parte da série “Sistemas”, onde utilizo a abstração de formas e contrastes de cor para criar estruturas orgânicas. A ideia deste trabalho é um organismo que representa a negação do indivíduo diante do desconhecido. Aquilo que é diferente assusta, incomoda e por isso é chamado de monstro. É o mal, o ruim, o feio, que deve morrer, acabar, sofrer. É o veredito da ignorância julgando o novo.
PREMIAÇÃO
A mostra está em cartaz desde o dia 06 de junho e segue até o dia 29 deste mês. A cerimônia de premiação ocorreu no último dia 15, no Auditório Marcio José Moro, com a presença dos artistas, autoridades e convidados.
Participam da exposição os artistas Adriana Padilha, Ailime Huckembeck, Ana Beatriz Artigas, Ana Godoy, André Barroso da Veiga, Antenor Ferreira, Betina Alencar, Brasil Herter, Carmen Cidral, Carol Veiga, Catenzaro, Celso Carneiro, Chris Chart, Cirlei Gonçalves, David Engelman, Di Camargo, Diogo Duda, Elisabeth Sekulic, Elisiane Piano, Felipe Pacheco Brüschz, Fernanda Alonzo, Gabriel Babolim, Igor Rodacki, Jesomir, Jo Sampaio, João Paulo de Carvalho, Lamines, Lucas Alameda, Lucio Volpini, Luiz Ferreira, Maciel Paludo, Maria Cafareli, Marli Thomaz, Mayara Dolce, MC Tucunduva, Melisssa Giowanella, Natalia Gavotti, Nino Scarsetto, Pedro Furlan da Silva, Rafaela Rumiato, Raildes Moro, Reinaldo Fabianovicz, Saberlyyy, Sander Riquetti, Tati Klingel, Telma Marisa Richter, Teresa Seabra, Tereza Bossler, Val Grzyb e Valéria Sípoli.
Receberam Menção Honrosa os artistas Gabriel Babolim, com a obra Mater Dolorosa; Igor Rodacki, com Empatia Monterrey 1977; Jo Sampaio, com Intrínseco;Lamines, com Primo;Melissa Giowanella, com In Absentia; eVal Grzyb, com Percurso. O Prêmio Destaque “Eduardo Edah” foi para Adriana Padilha, pela sua obra, Sem Título, de acrílica sobre papelão. Entre os premiados, Elisiane Piano, com a obra E quando nada acontece, há um Milagre que não estamos vendo recebeu o 1º Lugar do Salão. João Paulo de Carvalho, com a obra, Sem Título,ficou em 2º Lugar e André Barroso da Veiga, recebeu o 3º Lugar com a obra Com a roupa do corpo.
Confira algumas das obras em destaque neste Salão.
“Empatia Monterey 1977” de Igor Rodacki, “Geleira” de Fernanda Alonso e “Mater Dolorosa” de Gabriel Babolim.“E quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo”, de Elisiana Piano, levou o 1º Lugar no principal prêmio do Salão.S/ título, de Adriana Padilha, recebeu o prêmio destaque Eduardo Edah.“Impregnação”, de Ana Beatriz Artigas.“Rizoma”, de Reinaldo Fabianovicz.“O Grito do Silêncio Contínuo”, de Valéria Sípoli.“S/ Título”, de João Paulo de Carvalho, levou o prêmio de 2º Lugar no Salão.“First Day”, de David Engelman e “Monster” de Catenzaro.“Guggen I”, de Sander Riquetti.“Percurso” de Val Grzyb, recebeu menção honrosa no Salão.“Art. 288” de Diogo Duda.
Serviço:
2º SALÃO DE ARTES VISUAIS DE PINHAIS
Onde: Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann
Endereço: Rua Vinte e um de Abril, 305 – Centro – Pinhais – PR
Visitação: De segunda a domingo das 08h às 23h
Quando: Até 29 de junho de 2018
Os visitantes podem levar para casa gratuitamente o catálogo com todas as obras do Salão.
A CasaCor Paraná chega a sua 25ª edição com o tema “A Casa Viva”, explorando ao máximo 42 ambientes de uma mansão térrea de 2,2 mil m², em um terreno de 5,5 mil m².
Lugar de Criança
Para esta edição, a arquiteta Neliza Ferraz e a designer Nathália Silva, criaram uma brinquedoteca de 15,5 m², com inspiração escandinava, unindo simplicidade e funcionalidade no mesmo espaço. Na decoração optaram por objetos feitos à mão, especialmente em crochê, papel e algodão cru, reforçando a conexão com o natural, estimulando os sentidos. Minhas colagens “Besouro” e “Levante”, feitas manualmente com recortes de papéis, são parte dos objetos escolhidos para compor o ambiente.
O espaço oferece diversas atividades de entretenimento. Além de parede de escalada, brinquedos e vídeos, as crianças podem contar com uma seleção de livros infantis, entre eles, Anacleto O Balão. O livro, de autoria de Carol Sakura e Walkir Fernandes, conta com minha participação na criação do projeto gráfico.
Serviço:
CASACOR PARANÁ 2018
Ambiente: Lugar de Criança
Endereço: Rua Sergio Pereira da Silva, 10 – Vista Alegre, Curitiba – PR
Visitação: De terça a sexta-feira das 15h às 21h. Sábado e feriados das 13h às 21h. Domingo das 13h às 19h.
O desafio para a oitava edição do Concurso Sardinhas Festas de Lisboa foi lançado com um alerta: Salvem a Sardinha! Este foi o mote lançado pela organização, enquanto o tema foi deixado em aberto. Entre inúmeras propostas enviadas, a organização fez uma seleção de propostas para que o público possa escolher as 5 que receberão “Menção Honrosa”.
Minha proposta com uma sardinha feita com a colagem de recortes de papéis, foi uma das selecionadas para o concurso e agora precisa da sua ajuda nesta votação. Para votar, basta dar um “curtir” na imagem postada no Facebook da festa. Mas atenção, só serão considerados votos, as curtidas. Qualquer outra manifestação, como “corações” ou “carinhas” serão descartados. A votação vai até 30 de abril.
Colagens de papel recriam ícones arquitetônicos retratando a imponência das capitais do país.
Imagine poder “viajar” pelas principais cidades brasileiras sem sair do lugar, identificando elementos icônicos e descobrindo detalhes sobre essas metrópoles? Este é o objetivo desta série de ilustrações das capitais brasileiras.
A Série Capitais é uma opção criativa para quem quer presentear de forma diferenciada, com uma pegada divertida e atraente para decorar ambientes. A obra original é composta por 27 colagens das capitais brasileiras, produzidas através de recortes de papéis coloridos.
As obras retratam ícones arquitetônicos destas cidades, alguns conhecidos outros anônimos, e são formadas por aproximadamente 33 construções de cada capital. Produzidas a partir de pesquisas, onde foram identificados ícones esquecidos ou mesmo desconhecidos por muitos brasileiros, o objetivo é despertar o desejo e curiosidade em embarcar em viagens e experiências reais a partir da experimentação das obras.
SÉRIE PREMIADA
Com pelo menos dois anos de pesquisa, o trabalho recebeu menção honrosa do júri oficial no Encuentro Latinomericano de Diseño 2017, da Universidad de Palermo, em Buenos Aires, Argentina. Entre elas, a colagem “Curitiba” foi eleita a melhor ilustração latino-americana de 2014 por meio de votação popular.
As colagens originais ainda não foram expostas, mas quem quiser conhecer melhor, pode acessar a Loja Virtual, que conta com uma tiragem exclusiva de 50 cópias numeradas e assinadas de cada cidade, produzidas pelo delicado processo museológico da gravura em Fine Art.
AS GRAVURAS
Diferente de outros processos de impressão digital, as gravuras em Fine Art utilizam impressoras especiais com, no mínimo, 11 cores de pigmento mineral à base de água e papel 100% algodão, Canson Rag Photographique. Tudo para garantir que as cópias permaneçam por mais de 200 anos sem qualquer perda de qualidade, alteração de cor ou desbotamento das tintas e do papel.
“Gosto de construir formas tendo como ponto em comum a colagem de materiais. O que mais me chama a atenção é explorar as relações entre estruturas orgânicas, arquitetura, cores e texturas”.
No final de 2017 fui convidado para ilustrar a capa da edição 101 da revista Comunicação Empresarial, como parte das comemorações dos 50 anos da ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.
O tema da edição foi o “Futuro da Comunicação” e como as chamadas “Fake News” estão influenciando todo o processo. Para ilustrar este conceito, segui uma linha mais minimalista, trabalhando a ideia de “comunicação” de forma mais lúdica, como na internet. Busquei referências na brincadeira de se comunicar com copos unidos por barbante e optei por representá-los desconectados, como se refletissem a evolução da forma de se comunicar: sem fios.
Hoje é o aniversário de 464 anos da cidade de São Paulo, data perfeita para falar deste projeto incrível que fiz ano passado, retratando a arquitetura da cidade.
Em 2016, quando participei do projeto Trama Afetiva, conheci a designer de joias Patricia Centurion. Ao se deparar com o meu trabalho, Patricia apresentou-me um desafio que “casaria” perfeitamente com o processo de produção das minhas colagens. Ela precisava encontrar uma solução para os diversos materiais da papelaria corporativa da sua galeria de joias. Eram muitos cartões, envelopes e outros impressos que não poderiam ser utilizados, pois estavam com informações de endereço e contato desatualizadas.
Com o material em mãos, percebi a variedade de papéis que, por se tratar de ítens de uma galeria de joias, exploravam tons e texturas do dourado e muito brilho. Eles puderam ser reutilizados, como na série MateriaMista, transformando-se em diversos ícones arquitetônicos da cidade de São Paulo. Cuidei para que fosse utilizado 100% do material cedido, sendo a cola o único material externo acrescentado. As colagens foram feitas inteiramente com recortes dos papéis corporativos da galeria, desde a base de fundo até os ícones e seus detalhes.
Como resultado criei uma colagem de 51 X 74 cm, retratando 51 ícones da arquitetura de São Paulo.
Tomando como base alguns envelopes dourados, também criei 30 cartões com ícones isolados. A ideia foi trabalhar a mesma representação internamente e do lado externo, explorando também o corte de abertura do cartão. Na parte de fora usei os papéis com cores e brilhos e por dentro somente papéis brancos com texturas variadas. Também foi inserida a palavra “São Paulo” logo abaixo do ícone arquitetônico. Cada letra foi recortada a mão, dando uma estética única para cada cartão.
A produção destas colagens acabou gerando algumas sobras de materiais. Estas sobras também foram reutilizadas para criar uma terceira obra, que explora a estética das construções, seguindo o mesmo processo de criação da série Moradas.
Foi incrível trabalhar neste projeto. Conseguir transformar um material que seria descartado em uma homenagem à cidade de São Paulo, utilizando ao máximo o material e gerando o mínimo de resíduos, prova que na arte também nada se perde, tudo se transforma.
As construções retratadas nas colagens são: Obelisco do Ibirapuera, Instituto Itaú Cultural, Memorial da América Latina, Pavilhão Oca, Edifício Barão de Lorena, Palácio das Indústrias, Hotel Unique, Edifício Santa Catarina, Estação da Luz, Ponte Octávio Frias de Oliveira, Edifício Altino Arantes, Torre da Band, Sede FIESP, Edifício Vitra, Theatro Municipal de São Paulo, Museu Brasileiro da Escultura, Monumento às Bandeiras, Biblioteca Mário de Andrade, Museu do Ipiranga, Catedral da Sé, Edifício WT Morumbi, Instituto Tomie Ohtake, Edifício Tower Bridge Corporate, MAC-USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Monumento à Imigração Japonesa, MASP, Edifício Itália, SESC Pompéia, Torre São Paulo, Edifício Berrini One, Edifício Mirante do Vale, Edifício FL 3500, Sala São Paulo, Pátio Victor Malzoni, Auditório Ibirapuera, Torii da Liberdade, Palácio dos Bandeirantes, São Paulo Corporate Towers, Morumbi Corporate, Edifício Safra, Edifício Copan, Praça das Artes, Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Edifício Martinelli, Edifício Parque Avenida, Conjunto Nacional, Edifício MIX 422, Edifício Matarazzo, Shopping Light, Fundação Bienal de São Paulo, Viaduto do Chá, Top Tower e Estádio do Pacaembú.
As obras, que pertencem a Patricia Centurion, ficam expostas em sua galeria de joias, em São Paulo.
No próximo dia 19 de janeiro, às 19h, o Centre Culturel du Brésil – CCB, em Paris, apresenta a exposição virtual Tomar Corpo / Prendre Corps e performance da artista Fabiana Ex-Souza,
Corpos da diáspora, corpos abstratos, corpos da e na cidade. O corpo da obra, a obra como corpo. Um trabalho de reflexões e potências que dará ao público uma outra face da produção de artistas brasileiros emergentes e já consagrados.
Resultado da curadoria de Danilo Lovisi entre mais de 1600 trabalhos enviados, o -corpo- apareceu como o fio condutor desta exposição virtual. A mostra contará com trabalhos meus e de outros 36 artistas brasileiros. A abertura terá ainda a performance da artista Fabiana Ex-Souza, que apoiando-se em textos racistas escritos por filósofos iluministas, desenvolveu uma performance-instalação que interroga os saberes dominantes e os não-ditos da história.
Serviço:
EXPOSIÇÃO TOMAR CORPO / PRENDRE CORPS
Abertura: 19 de janeiro de 2018, às 19h Visitação: de 19 de janeiro a 03 de junho de 2018
Local: Maison de L’Amerique Latine – 217 Boulevard Saint-Germain – Paris, França
Informações: www.facebook.com/centrecultureldubresil ENTRADA GRATUITA