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5º Salão de Artes Visuais de Pinhais

Pelo 4º ano, fui selecionado para o Salão de Artes Visuais de Pinhais. A colagem “Antera 13” (Série Antera), fez parte da seleção de trabalhos do 5º Salão de Artes Visuais de Pinhais, que aconteceu de 8 a 30 de junho de 2022, no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann, em Pinhais-PR.

Com o objetivo de divulgar a recente produção de artistas visuais, desenvolvendo e revelando novos talentos e estimulando a pesquisa em arte, O Salão de Artes Visuais selecionou 41 obras de artistas de todo o Brasil.

Antera 13, de Adriano Catenzaro, selecionada para o 5º Salão de Artes Visuais de Pinhais
Catálogo do 5º Salão de Artes Visuais de Pinhais

Serviço

5º Salão de de Artes Visuais
Exposição: 8 a 30 de junho de 2022
Local: Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann
Rua 22 de abril, 305 – Centro – Pinhais

Estruturas de Adriano Catenzaro

Utilizando recortes de papéis, Adriano Catenzaro desenha estruturas de sustentação e aglutinação. Estas composições podem tanto representar prédios, edifícios, esqueletos arquitetônicos criados pela ação humana, como também teias, casulos, malhas de estruturas orgânicas criadas pela natureza. No final, tudo se funde numa simbiose, formando um organismo estrutural.

A série, executada entre 2018 e 2019, é formada por 12 colagens, que variam entre 20 X 25 cm e 64 X 64 cm. A série também possui 2 obras selecionadas para salões de arte. Estrutura 3 foi selecionada para a 1º Bienal de Artes Visuais de Taubaté e Estrutura 8 para o 4º Salão de Artes Visuais de Pinhais, do qual também recebeu o prêmio de 2º Lugar.

Estrutura 3, selecionada para a 1º Bienal de Artes Visuais de Taubaté
Estrutura 8, selecionada e premiada com o 2º Lugar no 4º Salão de Artes Visuais de Pinhais

Série Estrutura (208-2019)

Adriano Catenzaro

Série completa: www.catenzaro.com.br/estrutura

Estrutura 8 é premiada no 4º Salão de Pinhais


Depois de participar da 1ª e 2ª edição, retornei para o 4º Salão de Artes Visuais de Pinhais como um dos artistas selecionados. Com curadoria de João Paulo de Carvalho, Luciano Corbelini e Osmar Carboni, foram selecionadas 20 obras de artistas provenientes das cidades de Antonina, Campina Grande do Sul, Cascavel, Curitiba, Palmeira, Pinhais, São José dos Pinhais e São Paulo.

“O 4º Salão de Artes Visuais de Pinhais traz pela arte a reflexão do social. O respiro entre as obras torna-se a cura para o ar que ficou rarefeito e a unidade dessa coletânea, apresenta a riqueza da cultura, que emerge hoje na contemporaneidade resiliente.”

ESTRUTURA

Minha participação nesta edição, foi a com a obra “Estrutura 8”, parte da minha série de colagens, onde utilizo os recortes de papéis como elementos para desenhar estruturas de sustentação e aglutinação. Estas composições podem tanto representar prédios, edifícios, esqueletos arquitetônicos criados pela ação humana, como também teias, casulos, malhas de estruturas orgânicas criadas pela natureza. No final, tudo se funde numa simbiose para formar um organismo estrutural.

Esta é a segunda obra desta série selecionada para uma exposição. A primeira foi “Estrutura 3”, de 2018,  que entrou para a 1º Bienal de Artes Visuais de Taubaté.

“Estrutura 8” de Adriano Catenzaro, premiado com o 2º Lugar no 4º Salão de Artes Visuais de Pinhais.

PREMIAÇÃO

Na noite do dia 06 de outubro, aconteceu a Cerimônia de Premiação e Abertura do 4º Salão de Pinhais. O evento, que é promovido pelo Departamento de Cultura da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Pinhais, este ano acontece em formato híbrido. A exposição fica disponível para visitação presencial até dia 28 de outubro, mas  também pode ser conferida em formato virtual, atendendo a necessidade dos cuidados especiais, em decorrência da pandemia da Covid-19.

Participam desta  edição do salão os artistas Ana Beatriz Artigas, João Alcanja da Silva, João Paulo de Carvalho, Luciano Corbellini, Osmar Carboni, Adriano Catenzaro, André Luiz, Bia Ferreira, Carla Schwab, Carmen Cidral, Christian André, Cirlei Gonçalves, David Engelman, Efigênio Pavei Carvalho, Lili Buzolin, Michelle Cândido, Michelle Fiorucci, Migue Monti, Nino Scarcetto, NRabelo, Rita Trojan, Tuca Sopchenski, Val Grzyb, Yohana Oizumi e Zilda Felisbino.

Ao analisar as obras inscritas, a comissão organizadora do evento e o corpo de jurados considerou premiação e atribuição de menções honrosas às obras e aos artistas que tiveram destaque pelo trabalho.


A premiação oficial do salão concedeu a mim o 2º Lugar pela obra “Estutura 08”. Foram ainda premiados com certificação por menções honrosas David Engelman, pela obra “Anônimos”, Rita Trojan, pela obra “Marquises e Cicatrizes” e Zilda Felisbino, pela obra “Sem Título”.  O 3º lugar foi para Migue Monti, pela obra “Dona Guadalupe” e o 1º lugar para Efigênio Pavei Carvalho, pela obra “Arquivo Morto”. Teve ainda o Prêmio “Eduardo Edah – Destaque Pinhais” para  Michele Cândido, pela obra “Oxigênio”.

“Arquivo Morto”, de Efigênio Pavei Carvalho, premiado com o 1º Lugar do Salão.

“Marquises e Cicatrizes” de Rita Trojan, recebeu manção de honra.

A obra “Sem Título” de Zilda Felisbino, também recebeu menção de honra.

“Anônimos”, de David Engelman, recebeu menção de honra do Salão.

“Dona Guadalupe”, de Migue Monti, foi premiada com o 3º lugar do Salão.

“Oxigênio”, de Michele Cândido, recebeu o Prêmio “Eduardo Edah – Destaque Pinhais”.

Serviço:
4º SALÃO DE ARTES VISUAIS DE PINHAIS
Onde: Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann
Endereço: Rua Vinte e um de Abril, 305 – Centro – Pinhais – PR
Visitação: Consulte os horários disponíveis no (41) 3912-5253
Quando:  Até 28 de outubro de 2021
Visitação virtual: Galeria Virtual
Entrada gratuita

 

 

Tokyo 2020

Enfim chegaram as Olimpíadas de Tokyo 2020 (realizadas em 2021). A pandemia mundial trouxe a incerteza para o evento, que mesmo que de uma forma estranha, sem o público, foi realizado. Não importa como seja, mas as Olimpíadas mexem com a gente. E de repente você se vê vibrando e torcendo para um esporte que você nunca tinha se interessado ao certo para as regras. E então a gente se emociona junto com o atleta, seja na glória da medalha ou na frustração de chegar tão perto.

Estádio Nacional do Japão.

As Olimpíadas direcionaram o olhar do mundo para Tokyo, a maior aglomeração urbana do planeta. Entre um lance e outro dos esportes, não tem como não se impressionar com os prédios, palácios e templos. Apesar de (ainda) não conhecê-la Tokyo sempre me impressionou pela (des)organização de suas construções. É cada prédio, um do ladinho do outro, disputando cada centímetro do minúsculo espaço e tentando manter sua identidade própria.

Região de Minato, Tokyo.
Foto: Getty Images.

Mas Tokyo não é exatamente uma cidade, mas uma metrópole. Ela é formada por 23 bairros, 26 cidades primárias, 5 cidades secundárias, 8 vilas  e até algumas ilhas oceânicas.

Tokyo já passou por várias transformações (e destruições), ocasionadas por guerras e terremotos. Mesmo assim a cidade conseguiu se reinventar, tornando-se uma vitrine para a arquitetura que une novas tecnologias com antigas tradições construtivas.

Não é a toa que a arquitetura japonesa  ganhou o mundo, com nomes como Kenzo Tange, Kengo Kuma, Sou Fujimoto, Tadao Ando entre muitos outros. Vejamos alguns trabalhos destes arquitetos:

Este é o Centro de Imprensa e Difusão Shizuoka, projetado pelo arquiteto Kenzo Tange.
Foto:  Petr Šmídek.

O Ginásio Nacional Yoyogi é outra obra magnífica do arquiteto  Kenzo Tange.
Foto: Kanegen

Kenzo Tange também é o autor da futurista sede da TV Fuji. Aquela esfera no topo, é um observatório aberto ao público.
Foto: FCG

Tokyo também tem templos católicos. A imponente Catedral de St. Mary’s é um dos mais famosos projetos do arquiteto Kenzo Tange.
Foto: Xia Zhi

Já a sede da Escola Tecnica Ayoama é projeto do arquiteto Makoto Sei Watanabe.
Foto: Makoto Sei Watanabe.

O Centro de Cultura e Turismo de Asakusa foi projetado pelo arquiteto Kengo Kuma.
Foto: Takeshi Yamagishi.

Estas são algumas das construções que me inspiraram a criar a colagem de Tokyo. Foram mais de 50 ícones, retratados de diversos locais, correntes artísticas e tipos de ocupações. Criados com recortes de papéis, foi impossível retratar estes ícones sem pensar na tradicional técnica japonesa de manipular o papel: o origami.

Isso também me fez lembrar de uma exposição de obras em papel da Takeo Paper, que vi na Japan House de São Paulo, que por sinal também é um local projetado pelo arquiteto Kengo Kuma.

Mas voltemos a colagem. Com os recortes de papéis tentei enfatizar as principais características dessas icônicas construções.

Aqui retratei a sede da Sompo Japan, o prédio da Prefeitura de Tokyo, o edifício Noa, o edifício Shinjuku ParkTower e o moderno edifício Mode Gakuen Cocoon Tower, que tem esse formato arredondado e se destaca na região de Shinjuku.

Aqui eu retratei a sede da Asahi Beer, que foi projetada com essa forma que parece uma “chama” pelo designer e arquiteto francês Philippe Starck; o Centro de Imprensa e Difusão Shizuoka; o edifício Nakagin Capsule Tower, que em breve será desmontado; o Ginásio Nacional Yoyogi; a sede da Tv Fuji e a Catedral de St. Mary’s.

Aqui um recorte das novas construções de Tokyo, representadas pelo edifício do complexo Tokyo Midtown, pelo edifício Toranomon Hills, pelo Centro de Cultura e Turismo de Asakusa, pelo edifício Shibuya Scramble Square, pelo templo Reiyukai Shakaden e pelo teatro público de Za Koenji.

Aqui temos as grandes construções da cidade como a Tori  do Santuário Meiji, um dos maiores de Tokyo; o edifício NTT DoCoMo Yoyogi, que lembra um pouco a forma do edifício Empire State de New York; a torre Tokyo Skytree, considerada a 2ª construção mais alta do mundo; a torre de guarda do Palácio Imperial do Japão e a famosa Torre de Tokyo, que lembra um pouco a forma da Torre Eifell de Paris. 

Aqui algumas construções com formas mais diferenciadas, como a sede da Escola Tecnica Ayoama; o edifício Omotesando Keyaki; o centro internacional de natação de Tatsumi; o novo museu Sumida Hokusai; a torre do Parque Olímpico de Komazawa; a grande forma triangular do edifício Yokoso Rainbow Tower; o Museu Edo-Tokyo; o Museu Miraikan de Ciência e Inovação e o Ginásio Ariake, construído especialmente para as Olimpíadas de Tokyo 2020, inspirado na forma de um barco.

Encaixar todos esses ícones, num espaço tão pequeno, não foi tarefa fácil, assim como também não foi fácil ter que escolher apenas 55 entre todas as construções de uma cidade como Tokyo. Me senti um pouco como os arquitetos, que precisam criar soluções para viabilizar suas criações na disputada paisagem de Tokyo.

E assim ficou a colagem da capital do Japão:

Os 55 locais que eu retratei foram: Centro de Imprensa e Difusão Shizuoka, campanário da Catedral de St. Mary’s, Pagoda Gojunoto do Templo Sensoji, usina de incineração de Toshima, edifício NTT DoCoMo Yoyogi, aquário do Parque Kasai Rinkai, Escola Técnica Aoyama, torre do Parque Olímpico de Komazawa, edifício do complexo Tokyo Midtown, edifício Shinjuku Park Tower, edifício Mode Gakuen Cocoon Tower, edifício Omotesando Keyaki, edifício Noa, torre Tokyo Skytree, edifício Nakagin Capsule Tower, Prefeitura de Tokyo, edifício Shibuya Scramble Square, edifício Yokoso Rainbow Tower, sede da Sompo Japan, Centro de Cultura e Turismo de Asakusa, Torre de Tokyo, edifício Roppongi Hills Mori Tower, edifício Toranomon Hills, Museu Edo-Tokyo, Templo Reiyukai Shakaden, edifício Ginza Wako, Auditório Yasuda da Universidade de Tokyo, edifício Yamaha Ginza, Templo Tsukiji Honganji, Palácio Akasaka, edifício Ark Hills Sengokuyama Mori Tower, Museu Sumida Hokusai, Museu Miraikan de Ciência e Inovação, Prédio da Dieta Nacional do Japão, ponte Rainbow, Tori do Santuário Meiji, Museu Nacional de Tokyo, biblioteca da Universidade de Arte de Tama, Ginásio Ariake, Catedral de St. Mary’s, torre de guarda do Palácio Imperial do Japão, edifício Atago Green Hills Mori Tower, edifício Asahi Beer Tower, edifício Asahi Beer Hall, edifício Mikimoto Ginza 2, Centro de Convenções Tokyo Big Sight, teatro Público de Za Koenji, Ginásio Nacional Yoyogi, Estação de Tokyo, estádio Tokyo Dome, sede da Nec Corporation, Estádio Nacional do Japão, Centro Nacional de Arte de Tokyo, sede da TV Fuji e centro internacional de natação de Tatsumi.

A colagem de Tokyo está disponível na Loja Catenzaro Galeria em uma edição limitada de Fine Art’s, (apenas 50 cópias), todos numerados e assinados. Acompanha o Certificado de Autenticidade da obra, com a indicação de todos os ícones retratados.

Tokyo
42 X 30 cm
Pigmento mineral sobre Photo Mate Paper Canson 200 g/m²

Compre na Loja Catenzaro Galeria

 

A busca por um Refúgio

2021. Já estamos há mais de 1 ano tentando sobreviver nesta pandemia de Covid-19. Já são mais de 450.000 brasileiros mortos, enquanto apenas 10% da população está vacinada. O restante das pessoas lutam para sobreviver em meio ao vírus, caos e descaso gerados no país.

Um dos grandes problemas da pandemia são as aglomerações que causam a contaminação das pessoas . O isolamento social é pouco praticado e grande parte da população segue  contribuindo para os altos índices de contaminação, principalmente nas aglomerações de lazer e entretenimento.

Confinado em meu estúdio, durante todo este período, comecei uma busca por locais geograficamente isolados e sua ocupação humana. Em minha pesquisa cheguei a diversas localidades, como a Ilha de Marajó, no Pará; a vila de Serra do Navio, no Amapá; as dunas do Rio Grande do Norte; os Lençóis Maranhenses; a Serra da Capivara, no Piauí; o arquipélago de São Pedro e São Paulo; a base científica da Antártida; a torre de observação da Amazônia;  o atol das Rocas; algumas fábricas e instalações abandonadas e até vestígios de antigas civilizações em florestas.

Arquipélago de São Pedro e São paulo. Foto: Andre Seale

Queimada dos Britos, Lençóis Maranhenses. Foto: Blog Rediscovering The World

Atol das Rocas. Foto: Google Maps

Vila de Serra do Navio. Foto: Nelson Kon

Partindo da ideia de isolamento, tentei imaginar como seriam as instalações de confinamento nestes refúgios. A ideia não foi retratar os locais, mas sim propor uma nova estrutura de ocupação isolada. Para criar as colagens, optei por utilizar somente os materiais que já estavam no estúdio, sem me deslocar para buscas. Na produção das peças, também utilizei partes de outras colagens existentes, criando assim, um trabalho de “re-colagem”.

O resultado deste trabalho foram 26 “refúgios”, de 15 X 15 cm, inspirados nos locais da pesquisa:

Série Refúgio
www.catenzaro.com.br/refugio

Caleidoscópio de Vidas

Ano passado (2019), fui convidado pela Editora FTD, para ilustrar o livro Caleidoscópio de Vidas, do incrível João Anzanello Carrascoza. De cara me encantei pela história, que está dividida em 3 partes,  que se conectam em tempos e gerações diferentes, unidas na paisagem do Rio de Janeiro.

Com projeto gráfico de Julia Masagão e editoria de arte de Daniel Justi, o livro se apresenta em um formato diferenciado, onde cada história pode ser acessada de forma independente. Criei duas colagens, uma para a capa e outra para a parte interna. Cada parte da ilustração corresponde a uma das 3 histórias. Assim as histórias ficam fixadas em partes das ilustrações.

O livro entrou para o Catálogo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), com uma seleção de autores e ilustradores brasileiros para a Feira do Livro Infantil de Bolonha 2020.


Caleidoscópio de Vidas também foi um dos premiados com o Selo Cátedra 10 / 2019, prêmio criado na PUC-Rio, pela Cátedra Unesco de Leitura, para destacar anualmente a produção mais relevante de Literatura Infantil e Juvenil no Brasil.

Atualização: Em Setembro de 2020, o livro Caleidoscópio de Vidas, escrito por João Anzanello Carrascoza e ilustrado por Adriano Catenzaro, foi contemplado com o “Prêmio FNLIJ Orígenes Lessa – O Melhor Livro para Jovem Hors-Conconurs”, na 46ª edição da Seleção Anual da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

 

No verso do livro, há um QR Code para acessar um link e ver as ilustrações em uma versão animada. Clique aqui para ver a animação.

CALEIDOSCÓPIO DE VIDAS
João Anzanello Carrascoza
Ilustrações de Adriano Catenzaro
Link para comprar o livro: FTD Educação

 

 

Araucária 130 anos

Parece que foi ontem, mas eu ainda lembro da grande festa de 100 anos da cidade. Foi nessa época que eu fui morar em Araucária. Lembro do clima de cidade pequena, onde quase todo mundo se conhecia pelos sobrenomes. Lembro também das pessoas arrumando suas casas para a grande festa do centenário da cidade.

30 anos depois muita coisa mudou e muita coisa aconteceu, mas o que fica na memória são as lembranças catalogadas por referências de locais e construções da cidade.

Foi esse sentimento que me inspirou a criar uma nova colagem para o aniversário de 130 anos de Araucária, completados hoje. Uma pesquisa retratando diversos  ícones locais, que me fizeram lembrar um pouco de minha infância e adolescência.

Vale lembrar que a primeira colagem que fiz, com a temática de cidades, foi de Araucária. Lá em 2013 criei esta colagem com apenas 8 ícones. A partir dela surgiu a primeira São Paulo e depois Curitiba, que deu início a série Capitais Brasileiras.

Nesta nova colagem retratei 52 ícones da cidade. São eles: Marco rotário do Rotary Clube de Araucária, prédio da Prefeitura, portal do Parque Leônidas Sobânia, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ponte de ferro do Parque das Pontes, monumento Parafuso do bairro Estação,  Araucária Acqua Park, caixa d’água da antiga Cia. São Patrício, campanário da Capela de São Sebastião em Faxinal do Tanque, monumento de asfaltamento da Avenida das Araucárias, chaminé da antiga cerâmica Guajuvirense, Casa da Cultura de Araucária, Cartório de Registro de Imóveis, Museu Tingüi-Cuera no Parque Cachoeira, Santuário Nossa Senhora dos Remédios, edifício Intercontinental, Câmara Municipal de Araucária, torre de queima da refinaria da Petrobras Presidente Getúlio Vargas (REPAR), Sokulski Park Hotel, residência tradicional na praça Vicente Machado, Casa do Cavalo Baio, Rihad Palace Hotel, Onix Trade Center, portal de entrada do Parque Cachoeira, Clínica São Vicente, estrutura da Praça das Araucárias, capelinha de São Miguel no Parque Romão Wachowicz, Portal Polonês, Memorial da Imigração Polonesa no Parque Romão Wachowicz, Fórum Desembargador Manoel Lacerda Pinto, Centro Cultural Moisés Jakobson no Parque Romão Wachowicz, Fórum Eleitoral de Araucária, Escola Adventista de Araucária, futuras instalações da Loja Santista, antigo Mercado Municipal atual Espaço do Produtor, viaduto da linha férrea, residência tradicional no centro da cidade, Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres, Paróquia Nossa Senhora das Dores, sineira da Igreja São Miguel, edifício Julio Grabowski, Teatro da Praça, Colégio Marista Sagrado Coração de Jesus, TECPAR Campus Araucária, capela do Colégio Bom Jesus São Vicente, antiga Capela Nossa Senhora das Dores, Sociedade Operária Beneficente de Araucária (SOBA), sede da Associação das Empresas da Cidade Industrial de Araucária (AECIAR), Hospital Municipal de Araucária (HMA ) e Pronto Atendimento Infantil (PAI), centro de eventos da Praça da Bíblia, Justiça do Trabalho e Colégio Estadual Professor Júlio Szymanski.

A gravura em Fine Art da cidade de Araucária, em uma edição limitada (apenas 50 cópias), numerada e assinada, está disponível exclusivamente na Loja Catenzaro Galeria, acompanhada do certificado de autenticidade da obra e a indicação de todos os 52 ícones retratados.

Araucária
42 X 30 cm
Pigmento mineral sobre Photo Mate Paper Canson 200 g/m²

Compre aqui.

Retrospectiva 2019

Sem dúvidas 2019 foi um ano intenso. Um ano onde os sentimentos de perdas, expectativas, decepções e vergonha se misturaram. Em meio ao turbilhão de acontecimentos, foi também um ano de muita luta e trabalho.

O projeto Capitais Brasileiras, que envolveu exposição, visita guiada, lançamento de livro e oficinas de colagens demandou muito tempo, mas rendeu resultados surpreendentes. Teve ainda a exposição inédita na CasaCor Paraná, exposição em galerias de São Paulo e a  participação em diversas feiras de arte. Um ano de muita produção, das quais listo algumas das principais atividades de 2019:

Livro Inspiración Latina

Pelo 5º ano consecutivo, meu trabalho saiu na publicação anual da Facultad de Diseño y Comunicación da Universidad de Palermo, em Buenos Aires, Argentina. A colagem “Urso Polar I” foi selecionada para o livro “Inspiración Latina – Las Mejores Ilustraciones Latinoamericanas de 2018”, lançado em maio, na Embaixada do Brasil, em Buenos Aires, Argentina.

Exposição Capitais Brasileiras

A exposição Capitais Brasileiras mostrou 27 obras originais que ilustram todas as capitais brasileiras. Concebidas manualmente com recortes de papéis, as colagens recriam formas e detalhes de prédios, palácios, pontes e monumentos, que ajudam a criar a identidade das cidades. Expostas no Museu da Gravura Cidade de Curitiba, como parte da mostra Traços Curitibanos 3, a exposição teve um público estimado de 5.000 pessoas.

CasaCor Paraná 2019

Pelo 3º ano seguido, minhas colagens estiveram na CasaCor Paraná no ambiente projetado pela Ferraz Silva. Neste ano a série “Moradas” foi exposta pela primeira vez. Foram 21 colagens criadas exclusivamente com sobras dos materiais e construções retratadas na série Capitais Brasileiras, formando um conjunto de estruturas com a função de moradias.

Livro Capitais Brasileiras

Lançamento do meu primeiro livro como autor e ilustrador. Capitais Brasileiras apresenta 128 páginas com as ilustrações das 27 capitais brasileiras, identificando os 1.056 ícones e construções retratados nesta série que levou 2 anos para ser concluída.

Livro Caleidoscópio de Vidas

Minha participação como ilustrador no livro Caleidoscópio de Vidas, de João Anzanello Carrascoza, a convite da Editora FTD. O livro apresenta 3 histórias conectadas, se passando em tempos diferentes. Fiz uma colagem única para a capa e o interior, onde cada parte representa uma das histórias.

Ilustrações

Foi um ano de produção de muitas ilustrações com diversos temas, como a colagem com 50 ícones arquitetônicos de Vancouver, no Canadá, colagem sobre os incêndios na floresta amazônica e a capa do livro Capitais Brasileiras, com 27 ícones representando cada cidade.

Oficina de Colagens

Através da Fundação Cultural de Curitiba e da Gibiteca de Curitiba, foram ministradas oficinas de colagens para variados públicos. Desde alunos das escolas da cidade até adultos, puderam exercitar a criatividade recriando os ícones arquitetônicos da série Capitais Brasileiras.

Série Antera

Em 2019 foi lançada a série Antera, formada por 16 colagens criadas a partir de recortes de papéis coloridos. As obras recriam formas e estruturas orgânicas, representando um complexo sistema de produção de polén.

Catenzine 2

Neste ano também foi lançando o Catenzine 02, meu zine feito inteiramente artesanal. Seguindo a primeira edição, são apenas 23 exemplares replicados manualmente, com a colagem de recortes de papéis. Desta vez o zine não possui texto. É uma leitura feita somente através de imagens formadas por colagens de papéis coloridos.

Exposição 100 a 1000

Tive 10 trabalhos selecionados para a exposição 100 a 1000, organizada pela Galeria Tato de São Paulo-SP. As mostras aconteceram na New Gallery de São Paulo e na Galeria Poente de São José dos Campos. A exposição reuniu 35 artistas e mais de 350 obras, em pequenos e médios formatos, com valores entre 100 e 1000 reais.

Muito obrigado a todos que apoiaram e contribuíram para a realização de todos esses projetos. Que venha 2020 com muitas novidades!